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Classificação às oitavas evidencia o domínio de Brasil e Argentina na Libertadores

Apenas quatro clubes conseguiram romper o duopólio de brasileiros e argentinos e garantiram presença entre os 16 melhores do continente. Junto com a edição de 2018, é o menor número dos últimos cinco anos.

Publicada em 28/05/21 às 18:55h - 14 visualizações

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Classificação às oitavas evidencia o domínio de Brasil e Argentina na Libertadores
 (Foto: Pedro Souza/Atlético-MG)
Já faz coisa de uma década que anda difícil para clubes que não sejam de Brasil e Argentina participarem da festa libertadora. Se antes chegar a uma decisão continental era tarefa árdua, agora parece que mesmo ficar na porta tentando espiar o que acontece dentro do salão é uma missão inglória. A evidência dessa exclusão copeira encontra eco nos classificados às oitavas de final da atual edição, onde apenas quatro clubes conseguiram quebrar o duopólio argento-tupiniquim: Barcelona (EQU), Universidad Católica (CHI) e os paraguaios Olimpia e Cerro Porteño. As outras vagas se dividiram igualmente entre brasileiros e argentinos: seis representantes de cada país.

É o menor número de "intrusos" na competição, há algum tempo moldada para que brasileiros e argentinos assumam o protagonismo, nos últimos cinco anos, junto da edição de 2018, quando Libertad, Cerro Porteño, Colo Colo e Atlético Nacional avançaram até o mata-mata. Em 2017, seis equipes de outros países chegaram às oitavas, assim como em 2019 e também no ano passado.

Na cada vez mais impossível tentativa de plantar-se como terceira força continental é importante ressaltar a bravura do futebol paraguaio, que na última metade de década lidera entre os integrantes "alternativos" do grupo dos 16 melhores do continente, com Cerro Porteño, Libertad, Olimpia e Guaraní garantindo nove presenças. Depois, temos o futebol equatoriano, que se classificou oito vezes. O Uruguai chegou em três oportunidades, todas com o Nacional, mesma quantidade que o futebol boliviano. As grandes decepções são o Chile, que colocou apenas dois clubes nas oitavas em cinco anos, e especialmente os cafeteros, que chegaram apenas uma vez, com o Atlético Nacional, em 2018.

O bolero de dois para cá e dois para lá se conforma por motivos prioritariamente financeiros, o que inclui a distribuição de vagas no atacado para brasileiros e argentinos. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, quem não está brigando para se salvar do rebaixamento corre sério risco de acabar na Libertadores. A brutal diferença na capacidade de investimento praticamente extermina a competitividade. A folha salarial do Flamengo, por exemplo, estimada em cerca de R$ 20 milhões, é mais do que dez vezes superior aos uruguaios do Nacional, cujo elenco custa R$ 1,7 milhão por mês. Percebam que não estamos falando de um clube emergente, mas de um gigante continental.

Alguns brasileiros alcançam larga distância mesmo em relação aos gigantes argentinos -- a folha do Boca Juniors girou em torno de R$ 8 milhões na última temporada. Atual campeão da Libertadores, o Palmeiras gasta em torno de R$ 14 milhões por mês com seu elenco, após redução de aproximadamente R$ 4 milhões no fim de 2019, enquanto o Olimpia gasta justamente R$ 4 milhões mensais para manter seu plantel, montante altíssimo para a realidade do restante do continente, tanto que a intenção é cortar parte do valor nos próximos meses. Maior pontuador da fase de grupos, o Atlético-MG investiu mais de R$ 250 milhões em reforços no ano passado e tem folha salarial de aproximadamente R$ 15 milhões, enquanto o Barcelona de Guayaquil, único primeiro colocado que não é brasileiro ou argentino gasta cerca de R$ 4,5 milhões.

Conquistar a Libertadores, para um clube que não faça parte do punhado de milionários de Brasil ou Argentina, cada vez parece mais semelhante a atravessar a Cordilheira dos Andes a cavalo, como fez o prócer José de San Martín. Talvez precisando até carregar o cavalo nas costas. Na última década, apenas o Atlético Nacional, em 2016, conseguiu romper a supremacia compartilhada. Na década anterior, haviam sido três os libertadores fora do circuito braisleiro-argentino: Olimpia (2002), Once Caldas (2004) e Liga de Quito (2008). Conforme avançam os anos, o bailongo continental parece cada vez mais destinado a um único casal na pista.




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